Colunista comenta a escolha de ex-prefeito de Caçapava para a Casa Civil

Foto: Guerreiro (Assembleia Legislativa)

Como as especulações apontavam o deputado federal eleito Lucas Redecker (PSDB) como futuro chefe da Casa Civil, o governador eleito, Eduardo Leite (PSDB), surpreendeu ao anunciar, na quarta-feira, Otomar Vivian (PP), para o cargo. Contudo, o ex-prefeito de Caçapava do Sul tem perfil bem adequado para assumir a articulação do Palácio Piratini com a Assembleia Legislativa.

Desarticulada organização que praticava suposta fraude em recursos da saúde na prefeitura de Canoas

Formado em Educação Física pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Otomar foi secretário de Administração e Recursos Humanos do governo Antônio Britto, à época no MDB, e chefe da Casa Civil no último ano da gestão de Yeda Crusius (PSDB). Coincidentemente, ele ocupará o mesmo cargo em dois governos tucanos.

O professor estadual aposentado também assumiu como presidente do Instituto de Previdência do Estado (IPE) por mais de uma vez, a última no governo José Ivo Sartori (MDB). Ele deixou o cargo em março, quando o PP entregou os cargos ocupados na administração emedebista.

Além da experiência no Palácio Piratini, Otomar também conhece bem o palácio localizado logo à frente: o Farroupilha. Na Assembleia Legislativa, ele foi deputado por duas vezes e, inclusive, foi presidente da Casa. Em fevereiro, Otomar circulou pela Assembleia (foto acima, ao centro) durante as votações sobre as mudanças no IPE.

Com protestos, moção de apoio à Escola Sem Partido é aprovada em Santa Maria

O nome do caçapavano foi bem recebido no Legislativo, inclusive pela oposição. Boa parte dos parlamentares vê Otomar como um político de diálogo e com muito bom trânsito, portanto tende a construir uma boa relação com a Assembleia. O tempo é que dirá, mas parece que Eduardo Leite resolveu bem a escolha do chefe da Casa Civil diante da negativa de Lucas Redecker, que prefere exercer mandato em Brasília.